Dra. Lirenna Narciso

O Que é a Doença de Parkinson?

A doença de Parkinson, também conhecida como mal de Parkinson, é uma doença neurológica progressiva que afeta o sistema nervoso central, prejudicando o controle motor e a coordenação dos movimentos. Esta condição ocorre devido à degeneração dos neurônios produtores de dopamina em uma região do cérebro chamada substância negra. A dopamina é um neurotransmissor essencial para o controle dos movimentos, e a sua falta resulta nos sintomas característicos do Parkinson.

parkinson

O mal de Parkinson geralmente afeta pessoas acima dos 60 anos, embora possa ocorrer em idades mais jovens, em casos conhecidos como Parkinson de início precoce. A progressão da doença varia de pessoa para pessoa, sendo importante o acompanhamento médico especializado para o manejo adequado dos sintomas e para garantir a melhor qualidade de vida possível ao paciente.

A doença de Parkinson não tem cura, mas existem tratamentos eficazes que podem ajudar a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.

Qual o médico que trata do mal de Parkinson?

geriatra em fortaleza

Detectar o Mal de Parkinson nas fases iniciais é fundamental para iniciar intervenções terapêuticas que podem retardar a progressão dos sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. Um diagnóstico precoce permite que o paciente e sua família compreendam melhor a doença, planejem os cuidados a longo prazo e explorem opções de tratamento, como medicamentos e terapias complementares.

Para um diagnóstico preciso e um plano de manejo adequado, é essencial consultar um especialista em geriatria como eu.

O acompanhamento regular por um geriatra pode ajudar a ajustar o tratamento de acordo com as necessidades específicas do paciente, proporcionando um cuidado integral e contínuo, que considera não apenas os aspectos motores da doença, mas também os sintomas não motores e a qualidade de vida geral.

Atendo em Fortaleza, no consultório, em domicílio, e também faço visitas e acompanhamento de idosos internados.

Principais Sintomas da Doença de Parkinson

A doença de Parkinson manifesta-se principalmente por sintomas motores, mas também pode apresentar sintomas não motores que afetam significativamente a qualidade de vida do paciente. Os sintomas variam de pessoa para pessoa e tendem a piorar com o tempo, à medida que a doença progride. Abaixo estão os principais sintomas que podem ser observados:

Sintomas Motores

  • Tremor em Repouso: É o sintoma mais conhecido. O tremor geralmente começa em uma das mãos ou dedos, mas pode afetar outros locais do corpo. O tremor costuma ser mais visível quando o paciente está em repouso e tende a diminuir durante a atividade ou o sono.
  • Rigidez Muscular: A rigidez ou resistência dos músculos à movimentação é outro sintoma característico. Ela pode causar dor e dificultar o movimento dos membros, afetando atividades como caminhar, levantar-se de uma cadeira ou escrever.
  • Bradicinesia: A bradicinesia é a dificuldade para iniciar e realizar movimentos, tornando-os mais lentos do que o normal. Isso pode afetar atividades simples, como abotoar uma camisa, pentear o cabelo ou andar. Os pacientes podem perceber uma diminuição no tamanho da letra ao escrever (micrografia) ou arrastar os pés ao caminhar.
  • Problemas de Equilíbrio: A perda de reflexos posturais torna os pacientes mais propensos a quedas. Eles podem ter dificuldade em manter o equilíbrio ao se levantar ou virar, o que aumenta o risco de acidentes e lesões graves.

Sintomas Não Motores

  • Distúrbios do Sono: Problemas como insônia, sonhos vívidos, movimentação intensa e gritos durante o sono são relativamente comuns. Estes distúrbios afetam a qualidade do sono e a disposição durante o dia.
  • Alterações Cognitivas e Psicológicas: Depressão, ansiedade e alterações cognitivas, como dificuldades de concentração e memória, são frequentes em pacientes com Parkinson. Em fases mais avançadas, pode haver desenvolvimento de demência.
  • Disfunções Autonômicas: Alterações no sistema nervoso autônomo podem causar sintomas como prisão de ventre, pressão arterial baixa ao se levantar (hipotensão ortostática), dificuldades para urinar ou incontinência, e disfunções sexuais.
  • Alterações na Fala e na Deglutição: Os pacientes podem apresentar mudanças na fala, como voz mais baixa, além de dificuldades para articular palavras. Também é comum o aparecimento de dificuldades para engolir (disfagia), o que pode levar a engasgos e perda de peso.

idoso com parkinson

Importância do Diagnóstico Precoce e do Tratamento

Reconhecer os sintomas iniciais do mal de Parkinson é fundamental para o diagnóstico precoce, permitindo iniciar o tratamento adequado e melhorar o controle dos sintomas. Um acompanhamento regular com um geriatra experiente, como a Dra. Lirenna Narciso, pode ajudar a manejar a doença de forma personalizada, garantindo o bem-estar e a melhor qualidade de vida para o paciente.

Causas e Fatores de Risco da Doença de Parkinson

A doença de Parkinson é uma condição complexa, cujas causas exatas ainda não estão completamente elucidadas. Acredita-se que uma combinação de fatores genéticos e ambientais contribua para o desenvolvimento da doença.

Causas da Doença de Parkinson

  • Degeneração de Neurônios Dopaminérgicos: A principal causa da doença de Parkinson é a degeneração progressiva dos neurônios que produzem dopamina na substância negra. A deficiência de dopamina leva aos sintomas motores característicos da doença, como tremores, rigidez e lentidão dos movimentos.
  • Acúmulo de Proteínas Anormais: Outro fator associado ao Parkinson é o acúmulo de uma proteína chamada alfa-sinucleína nas células cerebrais, formando agregados conhecidos como corpos de Lewy. Esses depósitos podem interferir na função normal dos neurônios e contribuir para a progressão da doença.

Fatores Genéticos

Embora a maioria dos casos de Parkinson não tenha uma causa genética clara, estudos indicam que mutações em determinados genes podem aumentar o risco de desenvolver a doença. Apenas 10-15% dos pacientes com Parkinson têm um histórico familiar da condição. Genes como LRRK2, PARK7, PINK1 e SNCA foram associados a formas familiares da doença. Mesmo em indivíduos com mutações genéticas, fatores ambientais também desempenham um papel crucial.

mal de parkinson

Fatores Ambientais

  • Exposição a Toxinas: A exposição prolongada a certos pesticidas, herbicidas e solventes industriais pode aumentar o risco de desenvolver Parkinson. Algumas substâncias químicas, como o paraquat (herbicida) e o MPTP (um contaminante encontrado em algumas drogas ilícitas), estão associadas à degeneração dos neurônios dopaminérgicos.
  • Histórico de Traumatismo Craniano: Pesquisas sugerem que pessoas com histórico de traumatismo craniano severo ou repetido podem ter um risco maior de desenvolver Parkinson.
  • Estilo de Vida: A falta de atividade física pode aumentar o risco.

Fatores Relacionados à Idade e ao Sexo

  • Idade: A idade é o fator de risco mais significativo para a doença de Parkinson, com a maioria dos casos ocorrendo em pessoas com mais de 60 anos. No entanto, a doença também pode afetar adultos mais jovens em casos menos comuns, conhecidos como Parkinson de início precoce.
  • Gênero: Os homens têm maior probabilidade de desenvolver a doença de Parkinson do que as mulheres.

Diagnóstico da Doença de Parkinson

O diagnóstico da doença de Parkinson é clínico, baseado na avaliação dos sintomas, exame físico e histórico do paciente. Não há um exame laboratorial específico que confirme a presença da doença. Um diagnóstico preciso e precoce é essencial para iniciar o tratamento adequado e proporcionar uma melhor qualidade de vida ao paciente.

Avaliação Clínica

  1. Histórico Médico e Sintomas: O primeiro passo no diagnóstico é a obtenção de um histórico médico completo do paciente, incluindo o início dos sintomas, sua progressão, possíveis fatores de risco e histórico familiar de doenças neurológicas.
  2. Exame Neurológico: Durante o exame físico, o médico avalia a coordenação motora, o tônus muscular, a rigidez, os reflexos e a capacidade de manter o equilíbrio. A presença de tremor em repouso, rigidez muscular e postura corporal também são avaliadas.

Exames Complementares

Embora o diagnóstico seja essencialmente clínico, alguns exames complementares podem ser utilizados para descartar outras doenças que possam causar sintomas semelhantes:

  1. Exames de Imagem: Exames como ressonância magnética (RM) ou tomografia computadorizada (TC) do cérebro geralmente não mostram anormalidades específicas na doença de Parkinson, mas podem descartar outras condições neurológicas, como tumores ou hidrocefalia.
  2. Cintilografia Cerebral com DAT-Scan: O DAT-Scan mede a quantidade de transportadores de dopamina no cérebro e pode ajudar a diferenciar o Parkinson de outros distúrbios neurológicos, como tremor essencial ou parkinsonismo secundário.
  3. Testes Laboratoriais: Embora não existam testes de sangue específicos para diagnosticar Parkinson, exames laboratoriais podem descartar outras condições que causam sintomas semelhantes, como distúrbios da tireoide ou deficiência de vitamina B12.

Diagnóstico Diferencial

A doença de Parkinson deve ser diferenciada de outras doenças que causam sintomas parkinsonianos, como parkinsonismo induzido por medicamentos ou exposição a toxinas, e outras condições neurodegenerativas, como atrofia de múltiplos sistemas e demência com corpos de Lewy.

Tratamento e Manejo da Doença de Parkinson

parkinson

O tratamento da doença de Parkinson é individualizado e visa aliviar os sintomas, melhorar a qualidade de vida e manter a autonomia do paciente pelo maior tempo possível. Embora ainda não exista uma cura definitiva, há várias abordagens terapêuticas disponíveis que podem ser combinadas para oferecer um manejo eficaz dos sintomas motores e não motores.

Tratamento Medicamentoso

  1. Medicamentos antiparkinsonianos e Inibidores de Descarboxilase: Os antiparkinsonianos são convertidos em dopamina no cérebro, ajudando a melhorar os sintomas motores. Para evitar que sejam convertidos em dopamina fora do cérebro, ela é combinada com um inibidor de descarboxilase.
  2. Agonistas Dopaminérgicos: Esses medicamentos agem diretamente nos receptores de dopamina do cérebro. Eles podem ser usados sozinhos ou em combinação com antiparkinsonianos, especialmente em pacientes mais jovens ou em fases iniciais da doença.
  3. Inibidores da MAO-B (Monoamina Oxidase Tipo B): Inibem a degradação da dopamina, ajudando a prolongar seu efeito no cérebro. Eles são frequentemente usados em combinação com outros tratamentos.
  4. Inibidores da COMT (Catecol-O-Metiltransferase): São medicamentos que inibem a enzima COMT, prolongando a ação dos antiparkinsonianos.
  5. Anticolinérgicos: São usados para controlar tremores, especialmente em pacientes mais jovens. No entanto, eles podem ter efeitos colaterais significativos, como confusão mental, retenção urinária e constipação, limitando seu uso em idosos.
  6. Adamantanos: Originalmente usado como antiviral, podem ajudar a reduzir discinesias (movimentos involuntários).

Tratamento Não Medicamentoso

  1. Fisioterapia e Terapia Ocupacional: A fisioterapia pode ajudar a melhorar o equilíbrio, a coordenação e a força muscular, enquanto a terapia ocupacional foca na adaptação das atividades diárias e na utilização de dispositivos de assistência para melhorar a independência do paciente.
  2. Fonoaudiologia: A fonoaudiologia pode ajudar pacientes com dificuldades na fala e na deglutição, proporcionando exercícios específicos para fortalecer os músculos envolvidos.
  3. Suporte Psicológico: O apoio psicológico é essencial para o manejo dos sintomas não motores, como depressão e ansiedade. Terapias como a terapia cognitivo-comportamental (TCC) podem ser úteis.
  4. Terapias Complementares: Acupuntura, tai chi, ioga e outras terapias complementares podem ajudar a melhorar a qualidade de vida, aliviando sintomas como rigidez muscular, dor e ansiedade.

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Tratamento Cirúrgico

A cirurgia pode ser considerada em casos avançados da doença, quando os medicamentos não são mais eficazes ou causam efeitos colaterais intoleráveis:

Estimulação Cerebral Profunda (DBS): A DBS é o procedimento cirúrgico mais comum para o tratamento do Parkinson. Eletrodos são implantados em áreas específicas do cérebro e conectados a um dispositivo que envia impulsos elétricos para melhorar os sintomas motores.

Manejo de Sintomas Não Motores


Além dos sintomas motores, o Parkinson também afeta aspectos não motores, como distúrbios do sono, depressão, ansiedade e constipação. O manejo eficaz desses sintomas requer uma abordagem multidisciplinar:

  • Distúrbios do Sono: Podem ser tratados com medicamentos específicos, ajustes no ambiente de sono e mudanças de comportamento.
  • Depressão e Ansiedade: O tratamento pode incluir antidepressivos, ansiolíticos e psicoterapia.
  • Disfunções Autonômicas: Alterações na dieta, exercícios físicos e medicamentos podem ajudar a controlar sintomas como constipação e hipotensão ortostática.

Acompanhamento Contínuo e Adaptação do Tratamento
O tratamento do Mal de Parkinson é um processo dinâmico que requer ajustes contínuos à medida que a doença progride. Um acompanhamento regular com um geriatra experiente, como a Dra. Lirenna Narciso, é fundamental para monitorar a evolução dos sintomas, ajustar doses de medicamentos, introduzir novas terapias e oferecer suporte integral ao paciente e sua família.

Qualidade de Vida e Cuidados no Dia a Dia


Manter uma boa qualidade de vida com independência é um objetivo fundamental para pessoas com Mal de Parkinson. A doença afeta não apenas os movimentos, mas também diversos aspectos da vida, incluindo a capacidade de realizar atividades diárias, a vida social e o emocional.

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Adaptações na Rotina Diária

  1. Manter a Atividade Física Regular: A prática regular de exercícios físicos, mesmo que em intensidade leve, é essencial para manter a mobilidade, a força muscular e a flexibilidade. Atividades como caminhar, nadar, alongar-se e fazer exercícios de equilíbrio podem ajudar a reduzir a rigidez muscular e melhorar o humor, sempre com a orientação de um profissional habilitado.
  2. Adaptações no Ambiente: Fazer adaptações no ambiente doméstico pode facilitar a mobilidade e prevenir acidentes. Instalar barras de apoio em banheiros, remover tapetes soltos, utilizar calçados antiderrapantes e bem presos aos pés e organizar os móveis de forma a criar espaços adequados para a circulação são medidas importantes.
  3. Planejamento das Atividades Diárias: Planejar atividades com antecedência e dividi-las em pequenas etapas pode tornar as tarefas do dia a dia menos cansativas. Priorizar atividades mais complexas quando o nível de energia estiver mais alto, geralmente pela manhã. Fazer pausas frequentes também é importante para evitar a fadiga.

Cuidados com a Alimentação e a Nutrição


Uma alimentação equilibrada e nutritiva é fundamental para pacientes com Parkinson, pois pode influenciar diretamente os níveis de energia, o bem-estar geral e até a eficácia de alguns medicamentos.

  1. Dieta Balanceada: Uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis é recomendada para todos os pacientes. É importante incluir alimentos ricos em fibras e beber água (cerca de 2 a 3 litros) para prevenir a constipação, um sintoma comum em pessoas com Parkinson.
  2. Ajustes na Medicação e na Dieta: Algumas medicações, como a levodopa, podem ser afetadas pela ingestão de proteínas. Portanto, pode ser necessário ajustar os horários das refeições para garantir a eficácia do tratamento.

Métodos para Manter a Saúde Mental e Emocional


A saúde mental e emocional é um aspecto importante para a qualidade de vida dos pacientes com Parkinson. A doença pode trazer sentimentos de ansiedade, depressão e isolamento social, muitas vezes por vergonha, tornando essencial o desenvolvimento de estratégias para lidar com esses desafios.

  1. Participação Social e Atividades de Lazer: Manter-se socialmente ativo é crucial para o bem-estar emocional. Participar de grupos de apoio de pacientes com a mesma doença, atividades sociais e hobbies pode ajudar a reduzir sentimentos de solidão e depressão.
  2. Técnicas de Relaxamento: Técnicas como meditação, respiração profunda, yoga e mindfulness ajudam a reduzir o estresse e a ansiedade, promovendo uma sensação de calma e bem-estar.
  3. Terapia Psicológica: O acompanhamento com um psicólogo ou terapeuta pode ser muito benéfico para lidar com os desafios emocionais do Parkinson. Terapias como a terapia cognitivo-comportamental (TCC) ajudam a desenvolver habilidades para enfrentar situações de estresse, melhorar o humor e promover uma atitude positiva diante da doença.

Envolvimento da Família e dos Cuidadores

familia de idoso com parkinson


O suporte da família e dos cuidadores é essencial para garantir a qualidade de vida do paciente. É importante que todos os envolvidos no cuidado compreendam bem a doença, seus sintomas e as melhores formas de oferecer apoio.

  1. Educação e Informação: Cuidadores e familiares devem estar informados sobre o Mal de Parkinson e suas implicações para oferecer um cuidado adequado. Participar de grupos de apoio, cursos e palestras pode ser uma boa forma de adquirir conhecimento e compartilhar experiências com outras pessoas que passam por situações semelhantes.
  2. Cuidado com o Cuidador: Cuidar de alguém com Parkinson pode ser desgastante. É importante que os cuidadores também cuidem de sua saúde física e emocional, buscando momentos de descanso e suporte psicológico.

Conclusão


Manter a qualidade de vida de pacientes com Parkinson exige uma abordagem integral que inclua cuidados físicos, emocionais e sociais. Adaptações na rotina diária, atenção à nutrição, exercícios regulares e o apoio de familiares, cuidadores e profissionais de saúde são fundamentais. Com o acompanhamento adequado, orientações especializadas da Dra. Lirenna Narciso e uma abordagem multidisciplinar, é possível promover o bem-estar, a independência e uma vida plena, mesmo diante dos desafios impostos pela doença.

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